domingo, 13 de fevereiro de 2011

Porque será que não aprendemos?

Portuguese Government poster from the mid-70s ...Image via Wikipedia



António Campos

"Hoje os egípcios que saíram à rua durante as últimas semanas em manifestações pacíficas e apartidárias conseguiram que a cabeça do regime caísse."
Ricardo Francisco



Porque será que não aprendemos com o que se está a passar na Tunísia, no Egipto e em outros países do norte de África?

A realidade histórica das vivências destes países nas últimas décadas mostra-nos à evidência, a existência de novas formas de neocolonialismo, de ditaduras militares em consonância com o Ocidente ‘desenvolvido’ e a consequente exploração destas populações. A situação destes povos atingiu um limite tal, que, mais cedo ou mais tarde, estes movimentos de revolta tinham de acontecer. As suas privações são inúmeras enquanto os seus líderes políticos têm acumulados riquezas pessoais, em vez de promoverem o desenvolvimento dos seus países.

Será assim tão diferente da realidade portuguesa? Há diferenças culturais, religiosas, políticas, de desenvolvimento... mas no essencial estamos também a ser vítimas de formas de poder autocrático e discricionário a nível interno, e da dita União Europeia. As pessoas já se esqueceram que tivemos um 25 de Abril de 1974? Porquê então estamos a assistir impávidos e serenos à destruição do pouco que resta do país e do seu património por uma cambada de ladrões politicamente organizados e não fazemos nada? 

O que se verifica é que estamos cada vez mais alienados, hipnotizados, por uma comunicação social que torna a nossa vida como se de uma ‘ficção telenoveleira’ se tratasse. Temos de tomar consciência e libertar-nos destas amarras que não sendo tão visíveis são mais difíceis de detetar. 

Os sindicatos e outras forças políticas de esquerda estão a ser cada vez mais manietadas financeiramente que lhes limita as suas ações e daí assistirmos a formas de protesto sem consequências nas políticas do Governo. 

Terá de partir dos cidadãos livres e descomprometidos partidariamente, com uma vertente de esquerda humanista, o desenvolvimento de ações que possam libertar-nos desta ‘ditadura encapotada’ que continua a dizer à revalia de tudo e de todos, que está a defender o interesse nacional.


A blogosfera faz eco constante deste nosso descontentamento, é verdade. Mas não podemos ficar pelas palavras. Atravé delas expressamos os nossos sentimentos de indignação e de revolta, pela crise em que cada vez mais estamos afundados, mas devemos passar à contestação e mobilização públicas sem quaisquer medos ou receios.

Se outros o têm conseguido porque razão não podemos conseguir também? Não temos coragem? É preciso chegarmos à penúria generalizada para começarmos a movimentar-nos?

As redes sociais  e as novas tecnologias têm sido um meio privilegiado conducente ao êxito dos novos movimentos sociais africanos e à queda das suas ditaduras. Mas deve aliar-se também, determinação, força de vontade e persistência.

Vamos acabar com esta palhaçada e seguir o nosso Sonho.

Fim à manipulação política encapotada. Fim à destruição do nosso património. Fim aos roubos sistemáticos como no BPN, BPP ou outros congéneres. Fim à complacência da Justiça para com todos estes atropelos à democracia portuguesa. Fim a todos os boys e outros que estão a aproveitar-se do que deveria ser para todos os portugueses.

Vamos contruir uma Nova Era, de Liberdade, de Iguadade, de Prosperidade e de Justiça Social.

Não podemos continuar por muito mais tempo de braços cruzados à espera da ruína total.

Vamos lutar pelos nossos direitos como cidadãos livres, honestos e Verdadeiros.




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