Tsipras: «Merkel, vem aos meus braços»
«A vitória eleitoral de Tsipras, o chefe do Syriza, nas eleições gregas de ontem, revela a nova Alemanha:
nas ateriores crises helénicas, a Alemanha, o crdor chefe, espalhava o
pânico, gritava ao terror, pregava a revolução. Conseguiu boa parte do
seu programa : por exemplo: impôs o Fundo de Resokução bancário, que
obriga os bancos lucrativos a pagarem os prejuízos dos seus concorrentes
ineficientes, o que é uma vitória comunista, mas por certo só será
aplicado em Portugal.
Desta vez, a Alemanha não joga à beira do abismo e não amotina contra o Syryza.
Temos a grande crise mas em tranquilo. Claro, haverá bluffs, batalhas
de movimentos, ameças e amúos, mas todos sabemos que vai tudo acabar
bem. A Alemanha, mais preocupada do que parece com as trapalhadas em que
se meteu com os russos e o seu exército, é dirigida por uma grande
coligação, está preocupada em satisfazer os governos de esquerda francês
e italiano – e por isso consente o QE. Quer isolar a Grécia para lhe
deflacionar as expetativas. Por isso a Srª Merkel foi aos Uffizi. Para mais, sabe que daqui a cinco anos, a crise demográfica começará a afetar a sua credibilidade financeira.
Para nós, não poderia ser melhor: o Euro tem
finalmente uma paridade que nos permite trabalhar. E, embora o Dr.
Passos Coelho esteja a tentar enfileirar entre os derrotados do QE
(muitos neoliberais nativos são péssimos táticos), Portugal sairá sempre
melhor destas aventuras eurozonáticas: melhor câmbio, mais crédito.
Apesar de nada termos feito por isso. Mas, atenção, a desvalorização do Euro dá-nos condições para trabalharmos – mas obriga-nos a trabalhar.»
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