sexta-feira, 31 de maio de 2013

Casamento ritual e lucro - a produção de produtores numa aldeia portuguesa



 

Falar em produção de produtores significa, para mim, falar nos meios, ritualizados ou não, através dos quais tem lugar a produção de seres humanos que trabalham a terra. A produção de produtores é uma parte de um processo muito mais vasto de reprodução social. Torna-se necessário, por isso, esclarecer, antes de mais, o que entendo por reprodução social e o que esta é enquanto processo.

Ao examinar, em 1958, o ciclo de desenvolvimento dos grupos domésticos, Meyer Fortes definiu o conceito como um processo que inclui todos os mecanismos institucionais, normas e actividades consuetudinárias, que servem para manter, renovar e transmitir, o capital social entre as gerações. Goody (1958) que, como Fortes (1958), também escreveu sobre o tema, centra o estudo da reprodução na análise das regras de herança e de sucessão através das quais são distribuídos os direitos de propriedade entre gerações sucessivas. O mesmo autor veio, mais tarde, a refinar as suas hipóteses, incidindo a sua reflexão sobre as modalidades de herança e os seus efeitos nas relações interpessoais e principalmente no casamento, visto como uma forma de controlo de propriedade de uma importância vital tanto para a produção como para a reprodução (1976), o qual tem vindo a ser controlado, enquanto instituição, pela Igreja e pelo Estado, nas sociedades ocidentais (1983). Bourdieu (1976) procede à distinção entre reprodução biológica, cultural e social, assinalando que é por meio destes três sistemas que todos os grupos procuram transmitir, à geração que se lhes segue, através do matrimónio, a totalidade de poder e de prestígio que herdaram. Meillassoux (1973) defende que, nas sociedades agrárias, o campo da análise da reprodução social é aquele que diz respeito ao controlo sobre a força do trabalho, ou seja, sobre pessoas. O controlo exercido sobre as mulheres por meio do casamento é, na sua perspectiva, um elemento fulcral neste processo. Godelier (1975, 1979, 1981) afirma, por sua vez, que as estruturas produtivas e reprodutivas se encontram no campo do parentesco, enquanto expressão demográfica da sociedade e no campo do ritual, visto como o conjunto de ideias que operam na produção de relações sociais.

Quer se trate das definições explícitas de Fortes ou de Bourdieu ou dos elementos analíticos fornecidos por outros, o campo de estudo da reprodução social parece conter elementos que, como Harris e Young (1981) sublinharam, ultrapassaram o campo restrito da aldeia, da produção e da tecnologia. Enquanto processo, a reprodução social tem como resultado a prática social de um sistema gerador dos seus próprios elementos da continuidade (Iturra, 1982). Refira-se que todas estas observações fazem uma referência, implícita ou explícita, a sociedades não industriais contemporâneas estudadas por antropólogos sociais. Note-se, também, que a ênfase, na análise deste fenómeno, se tem centrado em relações como o casamento, o trabalho, a propriedade e o conhecimento. No que diz respeito a este último, o seu estudo é feito nas rubricas do costume ou da cultura ou ainda na do ritual. A reprodução social como processo parece assim consistir no modo como se organizam elementos constituintes estruturais, o casamento, a terra, o trabalho e o conhecimento, que asseguram a continuidade da sociedade, com ou sem mudança.

A meu ver, o estudo da reprodução social também requer que sejam tomados em consideração os factos da história económica e do pensamento religioso, na medida em que a variação nos termos materiais e nas ideias tem como resultado uma produção diferente de relações sociais. Se sublinho aqui a importância de que se revestem as ideias religiosas, tal deve-se ao facto de ser fundamentalmente na religião que encontramos, abstraída, sistematizada e exprimida pelas pessoas, nas áreas camponesas, a racionalidade das relações sociais. O processo de produção de produtores, tal como se desenrola num grupo camponês, fornece-nos os elementos, que nos permitem compreender o modo pelo qual os seres humanos são ensinados e treinados através de um ciclo ritual, que se encontra contido em ideias religiosas. Mostra-nos, também, que o casamento, sendo uma relação social proclamada, assinalada e aceite como o ritual oficial que começa a produção social, bem como a biológica de seres humanos, mais não é do que uma das muitas formas criadas pelas pessoas no âmbito das suas práticas reprodutivas. Este é o seu lugar social, apesar do carácter sagrado que lhe é conferido pelas ideias religiosas formais, pelo ritual oficial e pelas próprias pessoas, carácter esse que se encontra reflectido na própria análise antropológica, obscurecendo a dimensão cultural do casamento e o valor de outras práticas. Como disse anteriormente, muitos autores colocando de parte as razões culturais que os criam, fazem do ritual e do conhecimento o centro das suas análises da reprodução social e do casamento a relação social estabelecida da qual todas as outras derivam.

Desde que consideremos que as ideias religiosas representam o principal conjunto de ideias da racionalidade camponesa que opera na produção e reprodução social; e desde que o ritual seja pensado como uma via de publicitar relações sociais e de comunicar ideias com vista à produção de produtores, então podemos ver o casamento através de uma outra perspectiva problemática, observando-o como mais um ritual criador de relações sociais e como mais uma relação entre várias outras, tudo isto constituindo fenómenos que necessitam de explicação.

É exactamente neste aspecto que desejo agora centrar a minha análise, na medida em que quero tratar, de entre todos os factos que podem ser tidos em conta no estudo da reprodução social, aqueles que se encontram relacionados com a produção social de seres humanos, observada já, através da análise do casamento. A minha hipótese exploratória assenta na consideração de que existe uma contradição entre a ideia de que a reprodução deve ter lugar no interior do casamento e as condições que rodeiam a afectividade deste. A terra, o trabalho e a tecnologia têm sido até hoje os principais recursos envolvidos na reprodução camponesa e, por isso, quer se tratasse de um momento histórico em que a terra se encontrava concentrada e o trabalho disperso, quer de um outro em que o contrário sucedia, com a terra dispersa e o trabalho concentrado, a sua aquisição, conjugação ou acumulação, têm constituído o objecto da manipulação de relações sociais por parte dos produtos. Tal como a terra é manipulada no sentido da concentração ou no da divisão e a na tecnologia no da continuidade ou nos da invenção ou substituição, assim também os seres humanos, através da manipulação das relações sociais, são dirigidos para várias funções que permitem manter viáveis os recursos disponíveis. Se não existisse manipulação dos diversos laços sociais – pelas próprias pessoas ou por vontade externa –, poderia em algum momento suceder, que houvesse indivíduos em excesso num determinado território ou que existissem demasiados direitos do mesmo tipo sobre a mesma coisa.

Esta manipulação tem lugar entre dois extremos: o de juntar aqueles que, pela natureza da sua relação com as coisas, permitirão a concentração de recursos e o de levar à dispersão dos restantes, habitualmente a maioria. Aqueles que ficam têm de procurar organizar um grupo produtivo adequado, o que é feito, nas áreas camponesas dos nossos dias, por meio da procriação e da activação dos laços de parentesco e através de uma série de contratos diferentes, que definem uma relação entre camponeses e senhores, em tempos mais recuados. Estes eram os tempos em que a terra estava concentrada nas mãos de uns poucos, o que dificultava as condições de casamento, sem pôr em causa a produção de produtores. Quando a propriedade camponesa começa a aparecer, o casamento ganha uma maior importância, mas a produção de produtores torna-se para eles próprios problemática, devido ao seu número e ao conjunto de direitos de que são portadores. Entre estas duas situações históricas bem diversas, têm lugar um certo número de estratégias camponesas, cuja variação parece estar ligada à superioridade que vai tendo a produção destinada ao mercado sobre a produção de bens de uso e à mudança correlativa nas condições de troca, que ocorre com a passagem da organização do trabalho camponês pelos senhores à sua subordinação ao capital mundial (Iturra, 1978, 1981).

Existe todo um conjunto de alternativas geradas pelos produtores, sendo possível entrever, pelo menos, quatro formas, por via das quais a reprodução social se efectiva: por meio de um sistema de reprodução em que o casamento é combinado com o celibato e a ilegitimidade, como observou O’Neill (1984) para o Nordeste de Portugal, pela combinação do casamento com o não casamento, como pude detectar na minha investigação em Portugal; pela manipulação dos laços de parentesco, visando a construção de uma força de trabalho através da troca de herdeiros, da exclusão de filhos da casa dos pais e de tornar a classificar dos parentes, bem como por intermédio das trocas de trabalho, como demonstrei no caso da Galiza (1978, 1980, 1981); e, também, mediante a integração diferencial dos membros do grupo doméstico no seu seio, entre os que partem e os que ficam, como Bouquet (1984) refere para o Centro de Portugal. Estas observações espelham o casamento – quer enquanto ritual, quer como relação social – como um campo onde se desenvolvem as estratégias que visam a obtenção de recursos humanos ou materiais, em qualquer grupo doméstico, afirmação, cuja pertinência pude verificar entre os camponeses do vale central, no Chile, da Galiza e do Centro de Portugal. Pessoalmente, gostaria de discutir todos estes tópicos em função das duas asserções inter-relacionadas: as primeiras têm a ver com a investigação sobre o lugar que o casamento ocupa na sua relação com outras práticas reprodutivas e rituais; as outras duas estão relacionadas com a função que se atribui ao casamento, a de este servir para angariar recursos.

Distinguindo, as duas primeiras podem-se definir assim: o casamento é apenas uma de entre as várias formas de um sistema de práticas reprodutivas; o casamento é um rito de um ciclo de rituais, cuja finalidade comum é a produção de produtores. As outras duas são: o casamento é a fase final de um processo de escolha, pelo qual são adquiridos e conjugados recursos e materiais; o casamento é uma instituição redistributiva regulada pelo lucro.(…)

Raul Iturra, do Aventar
Julho 2011

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A materialidade dos afectos



 



As crianças observam-nos. As crianças sabem de nós. As crianças descortinam-nos. Esses pequenos seres entre os 12 meses e os cinco anos, imitam-nos. Procuram em nós uma satisfação sentimental das suas emoções e colmatar os seus desejos de uma resposta simpática no difícil processo de amar. Um processo que requer um parceiro, esse processo de ida e volta, conjugado no verbo amar: de simpatia, de antipatia, com raiva, ou, simplesmente, não amar. Em síntese, uma complexidade entre as relações baseadas nas emoções, nos sentimentos e na intimidade do desejo. É esse descortinar dos nossos afectos que permite aos mais novos aprender a ser adultos, com bem ou mal-estar na cultura, como referia o nosso mestre Freud no seu texto de 1930[1], ao desenhar aberrações sexuais do seu tempo. Os mais novos escrutinam o nosso agir, decidem se é bom ou mau para eles e não vão a votos, é um observar sem democracia. Ditadura dos mais novos que obriga os mais velhos, a um comportamento adequado aos seus sentimentos definidos pela epistemologia cultural, que os mais novos desconhecem. É uma procura de empatia simpática, a mais primária das emoções, referidas no meu livro de 2000 – O saber sexual da infância e no anterior de 1998, Como era quando não era o que sou ou O Crescimento das Crianças, para os quais remeto ao leitor, por falta de espaço. Ditadura, essa, referida ao adulto como uma entidade que ensina, predica, pratica sentimentos agradáveis e é observada com toda a atenção.

Observação, capacidade baseada na existência de uma expressão material dentro da qual os sentimentos adquirem uma materialidade que possibilita o descortinar de sentimentos. Materialidade emotiva, como e porquê? A primeira ideia que me ocorre, é a da relação adulta e criança, esse carinho imenso que leva ao contacto físico, no dormir juntos, esse sadio relacionamentos de beijos, abraços, apertos que, eventualmente, poderia levar ao prazer do orgasmo ao mais novo na sua natural procura de afecto. Ou do mais velho, facto delituoso definido pela lei como pedofilia. Esta materialidade também acontece em outras sociedades, tal como a referida pelo antropólogo Maurice Godelier[2] entre os Baruya da Nove Guiné, no seu texto de 1981. Baruya ou etnia que pensa de forma analógica que a reprodução é possível quando acontece nos factos: tem-se sémen se é transferido entre jovens portadores e dado a beber ao pré – púbere, materialmente incutido para a continuação social da vida na História. O jovem Baruya mais velho deve casar com a irmã do iniciado, mulher que passa a ser a mãe dos seus filhos. Esses beijos e abraços entre irmãos de qualquer idade, são denominados na nossa lei europeia delito de incesto, caso acabe, como tenho observado no meu trabalho de campo, em prazer erótico. Prazer que em outras sociedades, não é delito. Refere Bronislaw Malinowski[3], o fundador da Antropologia Social Britânica, no seu texto de 1928, que entre os grupos sociais da Melanésia, não há incesto se acontecerem relações eróticas entre parentes de clãs diferentes: os filhos o são apenas da mãe, e o homem, parceiro da mulher, necessariamente de outro clã. Não existe pai. Porém, não incesto.

Para nós, o incesto é punido porque é corrente o seu acontecimento no processo da prolongada permanência sob o mesmo tecto de pessoas de família consanguínea. Ocorre-me também pensar em outra materialidade de afectos descortinados pelas crianças, como a masturbação ou formas de auto erotismo, retiradas de qualquer espécie de código falado em família, notícias comentadas, da catequese e a confissão. Conversas que levam a perguntar se a criança tem “acarinhado as partes proibidas do corpo”, ou definições de catecismos anteriores ao actual, sobre debilidade mental consequência do auto erotismo. Costume social que intima a fazer parte do fair-play ou divertimento erótico entre adultos que a criança pode não ver, mas sabe que a porta do quarto, sempre aberta, ocasionalmente se fecha e fica proibido de entrar. Relação sexual íntima que passa a ser social porque aos adultos fala, sem explicar, em conversas de mesa. Diferente das formas referidas por Freud em 1913[4] entre os nativos australianos, ou por Georges Devereux[5]ao falar dos nativos da Europa em 1932 ao compara-los com os Mohave dos EUA em 1961. Ritos organizados por adultos do mesmo sexo, como transferência dos mais novos para uma nova hierarquia social. Baseada, necessariamente, na sexualidade. Conversa ausente da vida familiar europeia.

Ou, como Malinowski diz no texto invocado, ao perguntar aos ilhéus do Arquipélago Kiriwina se acontecia fellatio, amor entre o mesmo sexo, relações físicas entre adultos e crianças, os habitantes riram por causa do autor não saber do jogo sexual entre parceiros de diferentes clãs, no primeiro caso, o do carinho procurado entre amigos, no segundo caso, e a iniciação ritual para a vida adulta, no terceiro. Comportamento da prática material de sentimentos que entre todos nós existe e que tem lançado vários Códigos orientadores da conduta sexual, individual e em grupo, como os Dez Mandamentos[6], a Lei Hebraica, as XII Tábuas da Lei Romana, do Código de Justiniano[7] que legislou na Europa entre 527 e 1453 até causarem guerras entre Estados por causa de se avassalar ou não, ao Vaticano. Disputas que levaram ao Direito Canónico a governar Europa, até à separação do Continente entre várias alternativas cristãs para o entendimento do real. Direito, berço da lei civil napoleónica que hoje orienta as nossa vidas. É possível apreciar o elo de toda legislação vigente, no controlo da sexualidade. O processo da sua materialidade não tem pensamento, a paixão carece da racionalidade que a teoria económica desenvolveu recentemente. Ou porque essa racionalidade não prevalece no campo da paixão. A ditadura dos mais novos é necessária para que adultos de emotividade mal desenvolvida, ajustem os seus sentimentos à ética cultural. A geração que substitua procure esse único valor possível: amor oferecido, amor correspondido. Comportamento amadurecido capaz de entender as inúmeras mudanças da expressão material da afectividade na cronologia da vida. A ditadura dos mais novos é o grito de batalha que procura verdade, amor, definições do que não vê e não compreende. A adolescência, essa etapa difícil da vida, procura respostas empáticas e não apenas: “isso não é contigo”, ou análises de pais em desesperada procura de Françoise Dolto[8], Alice Miller[9] e Daniel Sampaio[10]. Derradeira lição que recebe um ser humano ao passar da juventude à paternidade. Paternidade que devia conspirar com a infância e escrever o livro da vida que tem por título a materialidade dos afectos.

[1] Freud, Sigmund, (1913) 1930: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Freud+La+malaise+dans+la+culture&btnG=Pesquisa+Google&meta= Ver motor Les Classiques en sciences sociales, para debate e texto completo, em francês.
[2] Godelier, Maurice, 1981: La production dès grandes hommes, Fayard, Paris. http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Godelier+La+production+de+grandes+hommes&btnG=Pesquisar&meta=
[3][3] Malinowski, Bronislaw, 1928: Sexual repression in savage society, Routledge and Kegan Paul, Londres. http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Bronislaw+Malinowski+The+sexual+repression+in+savage+society&btnG=Pesquisar&meta=, ver site Les Classiques en Sciences Sociales para texto complete em francês, 1930.
[4] Freud, Sigmund, (1913 em alemão) 1919: Totem and Taboo. Resemblances between the Psychic lives of the savages and neurotics, George Routledge & Sons. WEebsite: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Freud+Totem+and+taboo&btnG=Pesquisar&meta= Texto em francês no site referido LesClassiques.
[5] Devereux, Georges, (1985) 1975: Ethnopsychanalyse Complémentariste, Flammarion, Paris, 1961 (1974)Ethnopsychiatrie des Indiens Mohaves, Réédité par Smithsonian Institutions Press, Paris. Site para debate sem texto: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Georges+Devereux+Oeuvres+&btnG=Pesquisar&meta=
[6] Dez Mandamentos, ver em Wojtila, Karol, 1992: O Catecismo da Igreja Católica, Gráfica de Coimbra.http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Catecismo+da+Igreja+cat%C3%B3lica&btnG=Pesquisar&meta=
[7] Código de Justiniano, (527) 1888, Editorial Lex Nova, Valladolid. Site com texto.http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=C%C3%B3digo+de+Justiniano&btnG=Pesquisar&meta=
[8] Dolto, Françoise, 1977: L’Évangile au risque de la psychanalyse, dois volumes, Seuil. Site sem textohttp://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Fran%C3%A7oise+Dolto+L%27%C3%89vangile+au+risque+de+la&btnG=Pesquisar&meta=
[9] Miller, Alice, (1987 em alemão) 1990: For your own good. The roots of violence in Child-rearing, Virago, Londres. Site sem texto http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Alice+Miller+For+your+own+good&btnG=Pesquisar&meta=
[10] Sampaio, Daniel, 1994: Inventem-se novos pais, Caminho. Site para comentários sem texto:http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&ie=UTF-8&q=Daniel+Sampaio+Inventem-se+novos+pais&btnG=Pesquisar&meta=

Raúl Iturra, do Aventar
Junho 2011